sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Possibilidades: crítica ao filme Efeito Borboleta sob a ótica da Economia Solidária

O filme em questão Efeito borboleta disperta nas pessoas ao seu final um sentimento de que existem coisas que por mais que você tente não podem ser mudadas e que mesmo que você faça tudo o que for possível nunca se poderá alternar a realidade, dado que ela sempre volta ou existirá sempe uma situação pior do que a presente, tal qual a confirmação da Lei de Murphy (sempre tem como ficar pior).

Ao aplicar tal raciocínio na sociedade somos capazes de justificar grandes bárbaries com o argumento de que tinha que ser assim, ou de que isso é imutavel, faz parte, é natural...dentre outros como a história nos revela.

O ser humano assim tal qual confia Hannah Arendt é capaz de transformar e desta forma de modificar a realidade em que esta inserido. Segundo Paulo Freire devemos ser capazes de acreditar em certas utopias, em certos não lugares que podemos construir e somente com a crença de que somos capazes de alterar a realidade vigente é que seremos capazes de realmente muda-lá.

O sistema capitalista revela cada dia mais suas mazelas e aumenta a quantidade dos que vivem as margens de tal, não gasta ser socialista ou comunista nem teólogo da teoria da libertação para perceber isso, basta olhar para alguns dados econômicos e sociais.

Dessa forma acreditar que isso seja fatalidade é algo perigoso. Fatalidade é o que não se pode mudar. A realidade é passível de mudanças, novos modelos de gestão, de produção e comercilaização revelam isso, a Economia Solidária é um exemplo disso.

Bertold Brecht dizia:
O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?


A sociedade não é feita só por políticos, por empresários, heróis, por poucos...todos os que vivem e que exercem seus direitos de cidadão são co-responsáveis pela construção de um mundo mais justo e solidário.

Se ser utópico é arriscado deixar de ser é ainda mais (frase do autor).

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