sábado, 23 de outubro de 2010

Tecnologia Social


O que é tecnologia?

“É um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento(... )” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia), mas para que exista tecnologia é necessário alto investimento, e por isso muitas vezes a falta de dinheiro pode acarretar a exclusão de empresas, organizações e até regiões que não dispõe de tantos recursos para que possa ter tecnologia deixando de ser competitiva e muitas vezes de participar efetivamente no mercado.

Tecnologia para todos!

E nesse contexto surge a TECNOLOGIA SOCIAL, a qual envolve processos, produtos, métodos que solucionarão alguns tipos de problemas sociais de forma simplificada, com baixo custo e de fácil aplicabilidade, resultando em um impacto social comprovado, ou seja, pode ser considerada uma tecnologia alternativa as convencionais voltada para populações sem grandes condições.
Alguns exemplos de tecnologia social:
-Banco de Palmas;
-Produtos Ecossociais;
-Aproveitamento total do coco babaçu;
-cisterna de placas;


OBS.: Texto baseado na palestra de Tecnologia Social feita por: Andreia Silva, Conceição Jacqueline e Tássia.

Foto: cisterna de placas retirada do site:http://eja.sb2.construnet.com.br/cadernosdeeja/tecnologiaetrabalho/tt_txt17.php?acao3_cod0=3aa5b42bc1746f01e902c923f64f5613

Desenvolvimento


Dicionário (SILVEIRA BUENO): ampliação; progresso; crescimento; expansão; propagação.
Wikipédia: é um processo dinâmico de melhoria, que implica uma mudança, uma evolução, crescimento e avanço.
(VASCONCELLOS e GARCIA, 1998, p. 205): o desenvolvimento, em qualquer concepção, deve resultar do crescimento econômico acompanhado de melhoria na qualidade de vida, ou seja, deve incluir as alterações da composição do produto e a alocação de recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia).
(SCATOLIN, 1989, p.24): apesar das divergências existentes entre as concepções de desenvolvimento, elas não são excludentes. Na verdade, em alguns pontos, elas se completam.
Revista FAE, autor Gilson Batista de Oliveira, parte da discussão sobre o conceito de desenvolvimento: o desenvolvimento deve ser encarado como um processo complexo de mudanças e transformações de ordem econômica, política e, principalmente, humana e social. Desenvolvimento nada mais é que o crescimento – incrementos positivos no produto e na renda – transformado para satisfazer as mais diversificadas necessidades do ser humano, tais como: saúde, educação, habitação, transporte, alimentação, lazer, dentre outras.

Desenvolvimento Humano


(Parte do Programa das Nações Unidas, 1996, p.01): o conceito de desenvolvimento humano é, portanto, mais amplo do que o de desenvolvimento econômico, estritamente associado à idéia de crescimento. Isso não significa contrapô-los. Na verdade, a longo prazo, nenhum país pode manter – e muito menos aumentar – o bemestar de sua população se não experimentar um processo de crescimento que implique aumento da produção e da produtividade do sistema econômico, amplie as opções oferecidas a seus habitantes e lhes assegure a oportunidade de empregos produtivos e adequadamente remunerados. Por conseguinte, o crescimento econômico é condição necessária para o desenvolvimento humano [e social] e a produtividade é componente essencial desse processo. Contudo, o crescimento não é, em si, o objetivo último do processo de desenvolvimento; tampouco assegura, por si só, a melhoria do nível de vida da população.
Instituto Ayrton Senna: o conceito do Desenvolvimento Humano surgiu em 1990, quando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sugeriu substituir a visão tradicional de desenvolvimento, que o identifica ao crescimento da renda e da produtividade de um país, por um enfoque mais amplo e abrangente. Sob essa nova ótica, um país tem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) quando ele oferece as condições necessárias - econômicas, políticas, sociais, culturais e ambientais - para que todos os indivíduos desenvolvam suas potencialidades e tenham garantidos os direitos plenos da cidadania. Para medir o IDH são analisados basicamente três componentes: a longevidade média da população, o nível educacional e o acesso a recursos econômicos (PIB per capita). O economista indiano Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia de 1998, é a grande autoridade mundial nesse campo e o maior colaborador do PNUD na construção do Paradigma do Desenvolvimento Humano. Segundo esse paradigma, o que uma pessoa se torna ao longo da vida depende de duas coisas: das oportunidades que teve e das escolhas que fez. Além do acesso às oportunidades, as pessoas precisam ser preparadas para fazer escolhas.

Desenvolvimento Econômico

Dicionário de Direitos Humanos (José Benedito de Zarzuela Maia): o desenvolvimento econômico é um conceito que por sua amplitude aproxima a economia das demais ciências sociais. Sua caracterização não se restringe ao crescimento da produção em uma região, mas trata principalmente de aspectos qualitativos relacionados ao crescimento. Os mais imediatos referem-se à forma como os frutos do crescimento são distribuídos na sociedade, à redução da pobreza, à elevação dos salários e de outras formas de renda, ao aumento da produtividade do trabalho e à repartição dos ganhos dele decorrentes, ao aperfeiçoamento das condições de trabalho, à melhoria das condições habitacionais, ao maior acesso à saúde e à educação, aos aumentos do acesso e do tempo de lazer, à melhora da dieta alimentar e à melhor qualidade de vida em seu todo envolvendo condições de transporte, segurança e baixos níveis de poluição em suas várias conotações, para citar alguns.
Parte do trabalho originalmente preparado para curso de desenvolvimento econômico na Fundação Getúlio Vargas. Versão de dois de março de 2006. (Luiz Carlos Bresser-Pereira): é um fenômeno histórico que passa a ocorrer nos países ou estados-nação que realizam sua revolução capitalista, e se caracteriza pelo aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante, acompanhado por sistemático processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico. Uma vez iniciado, o desenvolvimento econômico tende a ser relativamente automático ou auto-sustentado na medida em que no sistema capitalista os mecanismos de mercado envolvem incentivos para o continuado aumento do estoque de capital e de conhecimentos técnicos. Isto não significa, porém, que as taxas de desenvolvimento serão iguais para todos: pelo contrário, variarão substancialmente dependendo da capacidade das nações de utilizarem seus respectivos estados e sua principal instituição econômica, o mercado, para promover o desenvolvimento.
Wikipédia: em suma, o desenvolvimento econômico é um processo pelo qual a renda nacional real de uma economia aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao produto total do país de bens e serviços finais, expresso não em termos monetários, mas sim em termos reais: a expressão monetária da renda nacional deve ser corrigida por um índice apropriado de preço de bens e consumo e bens de capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é superior ao da população, então a renda real per capita aumentará. O processo implica na atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação particular em longo prazo.

Desenvolvimento Organizacional


Gabriela Cabral da Silva Dantas (Site Brasil Escola/Meu artigo/Administração):
O desenvolvimento organizacional surgiu em 1962 para facilitar o desenvolvimento e o crescimento das organizações. Sua definição é de comportamentalismo característico que se refere à organização como um conjunto de atividades diferentes realizadas por pessoas diferentes que trabalham em prol da mesma. O desenvolvimento organizacional se opõe as organizações tradicionais que utilizam sistemas mecânicos que enfatizam os cargos da empresa e as pessoas individualmente, que mantém o relacionamento entre patrão e funcionário através da imposição, divide o trabalho e supervisão de forma rígida, centraliza o controle organizacional e soluciona conflitos por meio da opressão.

A principal função do desenvolvimento organizacional é converter as organizações que adotam sistemas mecanizados em sistemas orgânicos que enfatizam a união dos funcionários que se relacionam a confiança entre patrão e funcionário, responsabilidade compartilhada, participação de todos os grupos que compõem a organização, descentralização do controle organizacional e solução de conflitos através de soluções e negociações.
O desenvolvimento organizacional visa métodos para encarar ameaças e solucionar difíceis situações, compartilhar a administração da empresa com os funcionários através do relacionamento entre indivíduos com cargos de chefia e os demais, a responsabilidade das equipes em desempenhar suas funções e gerenciá-las, transformar gerentes e supervisores em orientadores e estimuladores, utilizar pesquisas internas para conhecer as dificuldades e necessidades enfrentadas pelos trabalhadores e por meio destas melhorar a organização.
Prof. Ilacyr Luiz Gualazzi (extraído da página: http://www.unimep.br/~gualazzi): a tendência natural de toda organização é crescer e desenvolver-se. Essa tendência tem suas origens em fatores endógenos (internos, sejam eles estruturais ou comportamentais, e relacionados com a própria organização em si) e exógenos (externos e relacionados com as demandas e influências do ambiente). O desenvolvimento organizacional é um processo lento e gradativo que conduz ao exato conhecimento de si próprio e à plena realização de suas potencialidades. Assim, o desenvolvimento de uma organização lhe permite:
1. um conhecimento profundo e realístico de si própria e de suas possibilidades;
2. um conhecimento profundo e realístico do meio ambiente em que opera;
3. um planejamento adequado e realização bem-sucedida de relações com o meio ambiente e com os seus participantes;
4. uma estrutura interna suficientemente flexível com condições para se adaptar em tempo às mudanças que ocorrem tanto no meio ambiente com que se relaciona como entre os seus participantes;
5. os meios suficientes de informação do resultado dessas mudanças e da adequação de sua resposta adaptativa.
Os autores do D.O. salientam que "se encararmos as organizações como estruturas orgânicas adaptáveis, capazes de resolver problemas, as inferências quanto à sua eficiência não se devem basear em medidas estáticas de produção, embora estas possam ser úteis, mas nos processos pelos quais a organização aborda os problemas". A eficiência da organização relaciona-se diretamente com sua capacidade de sobreviver, de adaptar-se, de manter sua estrutura e tornar-se independente da função particular que preenche. A fim de que uma organização possa alcançar um certo nível de desenvolvimento, ela pode utilizar diferentes estratégias de mudança.
Assim, existem três diferentes tipos de estratégias de mudança:
1. mudança evolucionária: "quando a mudança de uma ação para outra que a substitui é pequena e dentro dos limites das expectativas e dos arranjos do status quo". Geralmente a mudança evolucionária é lenta, suave e não transgride as expectativas daqueles que nela estão envolvidos ou são por ela afetados. Há uma tendência de se repetirem e reforçarem as soluções que se demonstrem sólidas e eficientes e de se abandonarem as soluções fracas e deficientes;
2. mudança revolucionária: "quando a mudança de uma ação para a ação que a substitui contradiz ou destrói os arranjos do status quo". Geralmente a mudança revolucionária é rápida, intensa, brutal, transgride e rejeita as antigas expectativas e introduz expectativas novas. Enquanto as mudanças evolucionárias, por ocorrerem aos poucos, não provocam geralmente grande entusiasmo ou forte resistência, o mesmo não acontece com as mudanças revolucionárias, geralmente súbitas e causadoras de grande impacto;
3. o desenvolvimento sistemático: é diferente de ambos os tipos de mudança citados. No desenvolvimento sistemático, os responsáveis pela mudança delineiam modelos explícitos do que a organização deveria ser em comparação com o que é , enquanto aqueles cujas ações serão afetadas pelo desenvolvimento sistemático estudam, avaliam e criticam o modelo de mudança, para recomendar alterações nele, baseados em seu próprio discernimento e compreensão. Assim, dizem os autores, dimensões adicionais de comportamento e de experiência humanos são trazidas para a dinâmica da mudança, o que não ocorre com os dois tipos de mudanças. As tensões intelectuais e emocionais criadas entre todos os responsáveis pelo planejamento e implementação estimulam a mudança. Essas tensões baseiam-se em compreensão, discernimento, comprometimento e convicção quanto à correção da mudança do que é para o que deveria ser. Assim, as mudanças resultantes traduzem-se por apoio e não por resistências ou ressentimentos.

Desenvolvimento Individual

Paulo Nunes – Texto: Conceito de Gestão de Recursos Humanos: o desenvolvimento individual não inclui apenas a formação no sentido de aumentar as capacidades com vista à execução de uma tarefa específica, mas a educação em sentido mais geral, de forma a aumentar o nível de conhecimentos e a capacidade de resposta às mudanças no ambiente exterior à organização. O processo de formação implica quatro fases:
- Diagnóstico da situação (identificação e análise das necessidades e conversão das necessidades em objetivos de formação);
- Programação (quem treina; que conteúdos; que metodologias usar);
- Implementação (aplicação dos programas);
- Avaliação (verificação das alterações provocadas pela formação).
Logos Assessoria Empresarial: nosso conceito de Desenvolvimento Individual baseia-se na convicção de que, além de cursos e treinamentos técnicos e coletivos, as pessoas numa organização se sentem motivadas a buscar o seu crescimento quando estimuladas a perceber suas próprias realidades e a compará-las com a imagem que projetam no ambiente empresarial. E que esse crescimento pode ser orientado e acompanhado pela empresa. Nossa abordagem principal é a da Psicologia existencial humanista, principalmente no que se refere à nossa crença na capacidade do ser humano de se desenvolver continuamente e de se superar; de nosso propósito em apoiá-lo na descoberta de suas potencialidades, ajudando-o a definir o que quer, respeitando sua liberdade de escolha e o ambiente empresarial em que se encontra.

Desenvolvimento Regional


Agência de Desenvolvimento Regional de Setúbal: o desenvolvimento regional deve ser entendido como uma especificação do conceito de desenvolvimento, fazendo, por um lado, realçar o resultado das políticas de desenvolvimento global e, por outro, informar o planejamento da necessidade em considerar nos seus objetivos uma forma mais adequada para um racional equilíbrio na utilização e dinamização de um território.
Desta forma, o desenvolvimento regional não é o resultado de uma construção teórica ou acadêmica do conceito de desenvolvimento, mas sim uma necessidade real, uma forma de gerir mais eficazmente os fatores de desenvolvimento, tanto na otimização dos recursos como na garantia de uma maior participação dos diferentes atores. Deve, ainda, procurar soluções para os problemas criados pela dinâmica da economia global, especialmente no que respeita à atenuação dos, cada vez mais, evidentes desequilíbrios espaciais.
Neste contexto é possível identificar os objetivos fundamentais do desenvolvimento regional, que se traduzem no seguinte:
-combate às assimetrias regionais;
-aproveitamento dos recursos e potencialidades endógenos das regiões;
-promoção do ordenamento do território;
-garantia da participação dos cidadãos na resolução dos problemas regionais.
(GLOSSÁRIO DA POLÍTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO Regional): a utilização do termo desenvolvimento regional está associada às mudanças sociais e econômicas que ocorrem num determinado espaço, porém é necessário considerar que a abrangência dessas mudanças vai além desses aspectos, estabelecendo uma série de inter-relações com outros elementos e estruturadas na região considerada, configurando um complexo sistema de interações e abordagens. O termo desenvolvimento 24 regional também está associado a um estágio social e econômico de uma região ou país, referindo-se à posição relativa destes, medida através de diferentes indicadores sócio-econômicos, em comparação com outras regiões e países.

OBS.: Foto retirada : http://www.integracao.gov.br/desenvolvimentoregional/pndr/

Desenvolvimento Regional Sustentável


Conceitos de Desenvolvimento Regional Sustentável:

(Banco do Brasil S A, Superintendência de Varejo Mato Grosso do Sul, Gerência de Desenvolvimento Regional Sustentável: o desenvolvimento Regional Sustentável é uma estratégia de apoio aos negócios, baseada nos conceitos de desenvolvimento e sustentabilidade:
Desenvolvimento - resultante da presença dos fatores:
a) Capital Humano (conhecimentos, habilidades, competências);
b) Capital Social (confiança, cooperação, organização);
c) Capital produtivo (empreendimentos, serviços e tecnologia);
d) Cultura Empreendedora (iniciativa, auto-estima, atitude pro - ativa).
Sustentabilidade - atividade que respeite a diversidade cultural.
- economicamente viável;
- socialmente justa;
- ambientalmente correta.
Propõe-se a:
- promover geração de trabalho e renda e a inclusão social;
- inserir as pessoas no mercado consumidor;
- democratizar o acesso ao crédito;
- disseminar a cultura empreendedora;
- desenvolver capitais humano, produtivo e social;
- incentivar o associativismo e o cooperativismo;
- contribuir para melhoria dos indicadores de qualidade de vida.
 (UNIBB, Desenvolvimento regional Sustentável): “estruturar cadeias produtivas de forma a torná-las economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, respeitando e valorizando a cultura local”.

OBS.: Foto retirada do site:http://desenvolvimento-regional-sustentavel.blogspot.com/2010/08/21-de-setembro-dia-internacional-da-paz.html

Quais as relações entre inovação, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável?


Antes de explicar as relações entre inovação, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável é importante ressaltar os seus significados gerais.
Inovação: “significa novidade ou renovação. A palavra é derivada do termo latino innovatio, e se refere a uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. Hoje, a palavra inovação é mais usada no contexto de idéias e invenções assim como a exploração econômica relacionada, sendo que inovação é invenção que chega no mercado.(...)” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Inovação)”
Empreendedorismo: “designa os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação. “ (http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo)
Empreendedor: “o termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às atividades de organização(...)” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo.)
Desenvolvimento Sustentável: “O desenvolvimento procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.”( Relatório Brundtland)

Logo se pode concluir que a relação estabelecida por eles, está proposta dentro de um contexto que, é possível e preciso atuar ou empreender um produto ou serviço que seja inovador, ou seja, uma nova idéia ou invenção no mercado sem que comprometa as gerações futuras, pode-se dizer de forma sustentável. Sendo assim, a empresa ou organização estaria sempre alcançando as perspectivas do mercado, porque estaria sempre inovando, mas com atividades sustentáveis, ou seja, utilizando razoavelmente os recursos da terra satisfazendo a geração atual sem comprometer a futura.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Triângulo da Sustentabilidade


A definição de desenvolvimento sustentável foi criada na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, pelas Nações Unidas para tentar conciliar o econômico com o ambiental .
(...)“Desenvolvimento Sustentável” pode ser definido como o desenvolvimento que “atende às necessidades das presentes gerações sem prejudicar o atendimento das necessidades das gerações futuras” e “que deve ser ao mesmo tempo ecologicamente equilibrado, economicamente viável e socialmente justo”(...) “Mas as pressões de consumidores e organizações sobre as cadeias produtivas, e dos indivíduos sobre os governos e instituições vêm gerando modelos de desenvolvimento e sistemas de gestão que buscam compatibilizar o desenvolvimento econômico, o social e o meio ambiente, estes três componentes formam o triângulo da sustentabilidade.”

OBS.: Fragmentos retirados do site :
http://www.licenciamentoambiental.eng.br/triangulo-da-sustentabilidade/

Inovar


Sempre buscamos por mudanças e renovações, ou seja, buscamos por inovação e para que possa existir inovação é necessário que exista ideias estruturadas geradas através da criatividade.
Para que exista criatividade é necessário que esta seja incentivada, através de comunicação, novos desafios, evitando críticas e julgamentos para que assim possa existir o processo criativo gerando assim novas ideias, podemos afirmar também que a hierarquia influencia o processo criativo, logo adaptação de regras e uma hierarquia mais flexível também auxilia o esse processo.
Outro ponto importante é a quantidade de ideias e a combinação entre as mesmas para que chegue ate a inovação, pois, somente quando as ideias funcionam é que são consideradas como inovação.
enfim todo esse processo só é possível se existir pesquisas, planejamento e testes para garantir a funcionalidade das inovações.


OBS.: Texto baseado na palestra de Flávia Passos.

A Era do Trabalho


Sempre estivemos habituados com o fato de uma carreira estável e promissora, um trabalho organizado com funções e cargos bem definidos, identificando assim uma estrutura hierarquizada e inflexível, mas como se encontra o perfil das empresas e dos trabalhadores diante as mudanças e novas tendências do mercado de trabalho?
Através da globalização percebemos a interrelação entre mercados, fazendo com que os mais diversos processos fossem conhecidos e realizados em todas as partes do globo, construindo assim uma miscigenação de culturas e processos, e firmando a cultura do lucro.
E o que um dia foi chamado de a Era do Emprego, onde existia a estabilidade e oportunidade de carreira, da lugar a chamada Era do Trabalho onde reina a flexibilização de processos, terceirização, fazendo com que os trabalhadores deixem de ter emprego para viver em busca de trabalho, vigorando a ideia de empregabilidade, que tem como ideia principal a de manter-se no mercado de trabalho, ou seja, evitar o desemprego.
E assim o trabalhador teve que adaptar-se ao novo paradigma produtivo e tecnológico, buscando crescimento profissional para assim acompanhar as mudanças e evitar a sombra do desemprego.

Referências:
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/index.gtrabalho.html
http://www.roraimaemfoco.com/colunistas/opinimainmenu-50/14470-artigo-nova-era-no-mundo-do-trabalho-ruy-martins-altenfelder-silva.html

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desenvolvimento Regional Sustentável


Desenvolvimento Regional Sustentável é uma forma diferente de fazer negócios, na maioria das vezes pode ser entendida como uma estratégia negocial.


Refletir sobre sustentabilidade para uma região nos coloca diante um modelo que se distingue da maneira tradicional de pensar o desenvolvimento regional em vários aspectos.


Para Mathis:


“O objetivo principal das políticas de desenvolvimento regional no passado era superar as desigualdades regionais através de uma série de instrumentos econômicos que pretendiam contrabalançar a tendência inerente do sistema econômico de aumentar as diferenças, seja em termos espaçais (entre países ou entre regiões) ou em termos sociais (entre s atores econômicos)”.


Com a nova abordagem que introduz a concepção de sustentável este conceito ganha um enfoque um pouco diferente. A política de desenvolvimento regional agora deve se preocupar não somente em definir um caminho de desenvolvimento para a região que está em conformidade com as suas potencialidades ecológicas mas também em considerar as conseqüências desse caminho para as outras regiões e para futuras gerações, tanto na mesma região quanto no resto do globo.


Aplicar uma política de Desenvolvimento não é fácil, Mathis completa sua conceituação:


“Uma política de desenvolvimento que tem como objetivo a sustentabilidade da região e que tenta operacionalizar essas regras de atuação tem que ser muito mais que política econômica. Ela tem que intervir ao mesmo tempo nas dimensões ambiental, econômico, social e institucional. Através da atuação em conjunto nessas esferas, será possível criar e usar efeitos de sinergia capaz de deslanchar na região círculos autofortalecentes de feedback positivo, aptos a colocar a região no caminho da sustentabilidade”.


Um definição pode ser retirada da obra de Almeida:


“O adequado tratamento da dimensão regional do desenvolvimento do país requer uma nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional voltada aos imperativos usuais da competitividade e inserção externa, mas também, e sobretudo, aos da inclusão social e do exercício pleno da cidadania, da sustentabilidade ambiental e da integração e coesão territorial da nação”.




Referência:



ALMEIDA, Paulo Roberto de. O desenvolvimento econômico do Brasil no contexto mundial, de 1820 a 2006: uma análise histórica com base em indicadores de desempenho. Revista de Economia e Relações Internacionais. Vol. 5. No 10. Jan. 2007.



MATHIS, Armin. Instrumentos Para O Desenvolvimento Sustentável Regional. ADCONTAR. Revista do Centro de Estudos Administrativos e Contábeis. Belém. v.2 n2, p. 19-30. 2001.


Desenvolvimento Sustentável


“Sustentável: adj. Que se pode sustentar, manter; suportável: peso que não é sustentável. / Defensável: opinião sustentável” (Aurélio)


“(..) sustentabilidade é a utilização dos serviços da natureza dentro do princípio da manutenção do capital natural, isto é, o aproveitamento dos recursos naturais dentro da capacidade de carga do sistema”. BELLEN (2004)


Sustentabilidade. Este conceito feito a tona e com ele o de Desenvolvimento Sustentável. Não tem como falar em um sem mencionar o outro. Com o advento da sustentabilidade em alta, novos paradigmas foram criados e almejados para o desenvolvimento. Devemos lembrar aqui que desenvolvimento não teve ser confundido/restringido a crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.


“A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.”


A definição apresentada foi exposta na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.



Segundo Henrique Rattner (2009) da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Lideranças:



“Para a definição de desenvolvimento sustentável, foram apontados três critérios: economicamente viável; socialmente equitativo e ecologicamente inofensivo. Ignorava-se, na teoria e na prática, a dimensão ética da vida em sociedade, face à dinâmica "perversa" da acumulação e reprodução do capital e seus impactos devastadores na espoliação e alienação dos trabalhadores e dos recursos naturais1. O raciocínio que postula a prioridade do crescimento econômico como resposta aos desafios do desenvolvimento é falacioso, pois a cada dia aumentam as dúvidas sobre um modelo de crescimento que beneficie a poucos e traga desgraças para muitos1. Em todas as sociedades, as pessoas se tornam angustiadas, frustradas e revoltadas diante da falta de perspectivas e da incapacidade dos governos de atender suas perspectivas de bem-estar”.


Esse conceito representa forma como vivemos em um paradoxo vicioso. De um lado o capitalismo que esgota as fontes de qualquer natureza e finalidade de outro a busca crescente por uma forma de vida que não agrida o meio ambiente. Podemos dizer que o Desenvolvimento sustentável foi uma maneira de resposta a este paradoxo, uma vez que tenta unir os dois lados da moeda e estabelecer uma forma de vida que possa garantir a futuras gerações subsistência que temos hoje. Ou seja é uma premissa para a manutenção de uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.


Como vários autores mostram existe, ainda que tardia, uma solução para a desordem criada pelo próprio homem, o desenvolvimento sustentável pode ser parte desta solução. O crescimento econômico, cultural, social não precisa parar, pode continuar atrelado à sustentabilidade. É inegável que paises subdesenvolvidos necessitam deste crescimento, mas podem fazê-lo não com modelos estabelecidos como os de paises industrializados, mas com modelos que levem em conta estas novas premissas.


O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. Junte-se a nós!


Rattner (2009) completa dizendo que:


“O modelo presente de desenvolvimento do mundo não é sustentável. Mudanças do clima, perda de diversidade ecológica e cultural, pobreza e desigualdade tendem a aumentar a vulnerabilidade da vida humana e dos ecossistemas planetários. Necessitamos de uma melhor compreensão das interações complexas e dinâmicas entre sociedade e natureza, à luz das relações não lineares, complexas e retroalimentadoras dos processos observáveis. Pesquisas recentes nas áreas da biologia, astrofísica e computação evidenciam que, em situações de caos aparente e de desestruturação, surgem nas bordas do sistema novas formas de organização e interação.”


Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.


Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.


Segundo Bellen (2004):


“O desenvolvimento sustentável depende então de reduzir a destruição ecológica, principalmente através da diminuição das trocas de energia e matéria-prima dentro da economia”.


Para finalizar a conceituação de Desenvolvimento Sustentável temos a metáfora de Teles (2004), ilustra de forma bem clara e simples este conceito e suas implicações.


“(...) somos todos passageiros da mesma nave, ou seja, o planeta Terra tem capacidade limitada de exploração de recursos naturais e absorção de impactos decorrentes sobretudo de lançamento de resíduos. Mesmo que viajemos em condições diferenciadas – uns na primeira classe e outros no compartimento de bagagem – somos susceptível às mesmas vicissitudes, em caso de acidente”.


Ou seja, para que os problemas decorrentes da moderna forma de viver dos seres humanas sejam sanadas é necessário que todos os passageiros desta “nave” sejam conscientes de que podem sim mudar suas realidades através de atitudes simples.


O Desenvolvimento Sustentável é baseado nesta idéia de que tudo pode ser transformada em uma realidade onde o aproveitamento dos recursos pode ser feito de maneira racional e ecologicamente sustentável.


Referência:



BELLEN, Hans Michael Van. Desenvolvimento Sustentável: Uma Descrição das Principais Ferramentas de Avaliação. Ambiente & Sociedade – Vol. VII nº. 1 jan./jun. 2004



RATTNER, Henrique. Meio ambiente, saúde e desenvolvimento sustentável. Ciência & Saúde Coletiva. vol.14 no.6. Rio de Janeiro Dez./2009.


TELES, Luiz Jorge Silva. Águas de lastro e sustentabilidade: identificação de áreas para desastre por geoprocessamento - estudo de caso na Baía de Todos os Santos. UnB-CDS, Tese de Mestrado, Política e Gestão Ambiental, 2004.

Desenvolvimento Social


Antes de definir Desenvolvimento Social devemos saber que este conceito é complexo, uma vez que se trata de uma definição que esta em constante construção pelo simples motivo de tratar de um tema dinâmico.


Como demonstra esta complexidade Lampreia:


“Tratar o tema do desenvolvimento social requer, antes de mais nada, enfrentar a questão das iniqüidades sociais de toda ordem – gênero, raça, renda, emprego, acesso universal a bens de consumo coletivo, dentre outros – que marcam nossa sociedade, sem restringi-las à dimensão única da pobreza”.


O Desenvolvimento social relaciona vários conceitos ordem social que são essenciais para o desenvolvimento econômico. Desenvolvimento Social pode ser entendido como sendo o grau de “evolução” que a sociedade possui em termos de equidade. Digamos em termos de nível de sobrevivência, tais como condições de saúde, acesso a educação e outros.


“O desenvolvimento social se dá, em primeiro lugar, pela valorização das pessoas que formam essa, pelo respeito às suas práticas culturais e pelo acesso ao conhecimento. A oportunidade do saber e do fazer cultural devem ser garantidas a todos os cidadãos, independente de classe social ou localização geográfica. Sem esses valores básicos assegurados, de nada vale o discurso da economia como fator de desenvolvimento de uma nação”. Brant


Dizemos que um país é socialmente desenvolvido quando a sua população tem um ótimo nível de qualidade de vida.


Para que aja desenvolvimento econômico e necessário que o Desenvolvimento Social aconteça. Como diz Kliksberg o desenvolvimento social parece, na experiência concreta, um processo vital para que possa existir um desenvolvimento econômico sustentado.


“Os investimentos em capital humano e capital social e melhoria da eqüidade, além de fins em si mesmos a partir da perspectiva de sociedades democráticas, são necessárias para que o crescimento econômico possa ter bases firmes”. (Kliksberg, 1998)



Referências:



BRANT, Leonardo. Faces da Cultura: Desenvolvimento Social e Investimento Cultural Privado. Disponível em: http://www.fundata.org.br/Artigos%20-%20Cefeis/15%20-%20FACES%20DA%20CULTURA.pdf. Acessado em: 16 de outubro de 2010.



LAMPREIA, Luiz Felipe. Relatório brasileiro sobre desenvolvimento social. Estudos Avançados. vol.9 no.24 São Paulo May/Aug. 1995



KLIKSBERG, Bernardo. Repensando O Estado Para O Desenvolvimento Social: Superando Dogmas E Convencionalismos. Questões da Nossa Época. Volume 64. são Paulo, 1998.

Desenvolvimento Regional

Segundo a Agência de Desenvolvimento Regional de Setúbal, o desenvolvimento regional deve ser entendido como uma especificação do conceito de desenvolvimento, fazendo, por um lado, realçar o resultado das políticas de desenvolvimento global e, por outro, informar o planejamento da necessidade em considerar nos seus objetivos uma forma mais adequada para um racional equilíbrio na utilização e dinamização de um território.


Desta forma, o desenvolvimento regional não é o resultado de uma construção teórica ou acadêmica do conceito de desenvolvimento, mas sim uma necessidade real, uma forma de gerir mais eficazmente os fatores de desenvolvimento, tanto na otimização dos recursos como na garantia de uma maior participação dos diferentes atores. Deve, ainda, procurar soluções para os problemas criados pela dinâmica da economia global, especialmente no que respeita à atenuação dos, cada vez mais, evidentes desequilíbrios espaciais. Neste contexto é possível identificar os objetivos fundamentais do desenvolvimento regional, que se traduzem no seguinte: combate às assimetrias regionais; aproveitamento dos recursos e potencialidades endógenos das regiões; promoção do ordenamento do território; garantia da participação dos cidadãos na resolução dos problemas regionais.


A UNCRD diz que o desenvolvimento regional é o fornecimento de ajuda e assistência a outras regiões que são menos desenvolvidas economicamente. Desenvolvimento regional pode ser de natureza nacional ou internacional. As implicações e o alcance do desenvolvimento regional, portanto, pode variar de acordo com a definição de uma região, e como a região e seus limites são percebidos internamente e externamente.

Desenvolvimento Econômico



Segundo o Dicionário de Direitos Humanos, o desenvolvimento econômico é um conceito que por sua amplitude aproxima a economia das demais ciências sociais. Sua caracterização não se restringe ao crescimento da produção em uma região, mas trata principalmente de aspectos qualitativos relacionados ao crescimento. Os mais imediatos referem-se à forma como os frutos do crescimento são distribuídos na sociedade, à redução da pobreza, à elevação dos salários e de outras formas de renda, ao aumento da produtividade do trabalho e à repartição dos ganhos dele decorrentes, ao aperfeiçoamento das condições de trabalho, à melhoria das condições habitacionais, ao maior acesso à saúde e à educação, aos aumentos do acesso e do tempo de lazer, à melhora da dieta alimentar e à melhor qualidade de vida em seu todo envolvendo condições de transporte, segurança e baixos níveis de poluição em suas várias conotações, para citar alguns.


Desta forma, a idéia do desenvolvimento econômico necessariamente se liga a processos dinâmicos que representem rupturas das condições econômicas vigentes. Como os processos de ruptura pressupõem alguma forma de acumulação de capital que a financie, o fenômeno do desenvolvimento está relacionado com as economias capitalistas. Também pela importância da acumulação de capital nesse processo é que se confunde às vezes na literatura o fenômeno do desenvolvimento com o conceito mais restrito de crescimento econômico, este envolvendo questões puramente quantitativas.


Segundo Michel Renaut e André Ribeiro Paula, o desenvolvimento econômico é um processo pelo qual a renda nacional real de uma economia aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao produto total do país de bens e serviços finais, expresso não em termos monetários, mas sim em termos reais: a expressão monetária da renda nacional deve ser corrigida por um índice apropriado de preço de bens e consumo e bens de capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é superior ao da população, então a renda real per capita aumentará. O processo implica na atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação particular em longo prazo.


Segundo Luiz Carlos Bresser-Pereira, o desenvolvimento econômico é um fenômeno histórico que passa a ocorrer nos países ou estados-nação que realizam sua revolução capitalista, e se caracteriza pelo aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante, acompanhado por sistemático processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico. Uma vez iniciado, o desenvolvimento econômico tende a ser relativamente automático ou auto-sustentado na medida em que no sistema capitalista os mecanismos de mercado envolvem incentivos para o continuado aumento do estoque de capital e de conhecimentos técnicos. Isto não significa, porém, que as taxas de desenvolvimento serão iguais para todos: pelo contrário, variarão substancialmente dependendo da capacidade das nações de utilizarem seus respectivos estados e sua principal instituição econômica, o mercado, para promover o desenvolvimento. No longo prazo dificilmente regride, porque a acumulação de capital em uma economia tecnologicamente dinâmica e competitiva, como é a capitalista, passa a ser uma condição de sobrevivência das empresas, mas as taxas de crescimento econômico são tão díspares que fica claro que a sorte econômica dos estados-nação está longe de estar assegurada, e que a decadência relativa, como aquela que ocorreu em todo o século vinte na Argentina, ou que vem acontecendo no Brasil desde 1980, é sempre uma possibilidade. Os dois fatores fundamentais a determinar, diretamente, o desenvolvimento econômico são a taxa de acumulação de capital em relação ao produto nacional, e a capacidade de incorporação de progresso técnico à produção. O fator principal a determinar a maior ou menor aceleração do desenvolvimento capitalista é a existência ou não de uma estratégia nacional de desenvolvimento. Na medida em que uma sociedade nacional revela suficiente coesão quando se trata de competir internacionalmente, ela aproveitará melhor os recursos e as instituições de que dispõe para crescer. O crescimento da produtividade de um país depende, diretamente, da acumulação de capital e da incorporação de progresso técnico à produção. Investimento e progresso técnico, por sua vez, dependem, em geral, da qualidade das instituições formais (políticas, leis) e informais (práticas sociais ou usos e costumes) que cada sociedade nacional estiver adotando. Quando uma sociedade é capaz de conformar essas instituições e políticas econômicas para que elas assumam o caráter de uma estratégia nacional de competição internacional, aumenta a probabilidade de que as taxas de desenvolvimento sejam mais altas. A literatura clássica sobre desenvolvimento e instituições, desde Smith e Marx, sempre deu maior atenção às instituições que se opõem ao desenvolvimento, provavelmente porque estavam pensando em instituições pré-capitalistas impedindo a revolução capitalista. Entretanto, desde os anos 40 do século passado, quando a moderna teoria econômica do desenvolvimento afinal se definiu, foi ficando claro que instituições ‘positivas’, que facilitem o processo de acumulação de capital e de incorporação de progresso técnico, são fundamentais para o desenvolvimento: que o estado, na sua qualidade de principal instituição normativa de uma sociedade moderna, torna-se, na sua outra qualidade de instituição organizacional, o instrumento por excelência de ação coletiva da nação para promover o desenvolvimento econômico se esta é suficientemente forte para formular uma estratégia nacional. Quando uma economia está em pleno processo de crescimento é sinal de que existe uma estratégia nacional de desenvolvimento, que seu governo, seus empresários, técnicos e trabalhadores estão trabalhando de forma consertada na competição econômica com as demais nações. Quando uma economia começa a crescer muito lentamente, senão a estagnar, é sinal de que sua solidariedade interna está em crise e que perdeu a idéia de nação, e, portanto, que já não conta com dois elementos necessários para que se mantenha competitiva e dotada de uma estratégia nacional de desenvolvimento digna desse nome.

Desenvolvimento Humano




Segundo o Instituto Airton Senna, o conceito de desenvolvimento humano surgiu em 1990, quando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sugeriu substituir a visão tradicional de desenvolvimento, que o identifica ao crescimento da renda e da produtividade de um país, por um enfoque mais amplo e abrangente. Sob essa nova ótica, um país tem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) quando ele oferece as condições necessárias - econômicas, políticas, sociais, culturais e ambientais - para que todos os indivíduos desenvolvam suas potencialidades e tenham garantidos os direitos plenos da cidadania.




Segundo Maria Ceci Misocsky, a teoria do desenvolvimento humano combina antigas idéias da economia ecológica, desenvolvimento sustentável, economia do bem-estar e economia feminista. Ela evita a política abertamente normativa da assim chamada "economia verde" justificando suas teses estritamente na ecologia, economia e sólida ciência social, e trabalhando dentro de um contexto de globalização.




Da mesma forma que a economia ecológica, ela se concentra na medição do bem-estar e na detecção do decrescimento sustentável que ocorre às custas da saúde humana. Todavia, vai mais além ao buscar não somente medir, mas otimizar o bem-estar através de alguma modelagem explícita em como o capital social e o capital educativo podem ser desenvolvidos para incrementar o montante total do capital humano numa economia – a qual é ela mesma, parte de uma ecologia. O papel do capital individual dentro dentro dessa ecologia e a adaptação do indivíduo para viver bem dentro dela é o foco principal dessas teorias.




O mais notável proponente da teoria do desenvolvimento humano é Amartya Sen, que perguntou em Development as Freedom, "qual é a relação entre nossa riqueza e nossa capacidade de viver como gostaríamos?" Esta questão não pode ser respondida estritamente a partir do ponto de vista da economia energética, economia feminista, economia familiar, saúde ambiental, paz, justiça social ou bem-estar ecológico, embora todos esses possam ser fatores da nossa felicidade; se as margens de manobra de qualquer um deles for seriamente rompida, a felicidade poderá se tornar algo realmente impossível.


A teoria do desenvolvimento humano é uma grande síntese que não está confinada pelos limites da economia convencional ou da ciência política, nem mesmo da economia política, que associa as duas.

Desenvolvimento Organizacional





Segundo Gabriela Cabral da Silva Dantas, o desenvolvimento organizacional surgiu em 1962 para facilitar o desenvolvimento e o crescimento das organizações.



Sua definição é de comportamentalismo característico que se refere à organização como um conjunto de atividades diferentes realizadas por pessoas diferentes que trabalham em prol da mesma. Este comportementalismo se opõe às organizações tradicionais que utilizam sistemas mecânicos que enfatizam os cargos da empresa e as pessoas individualmente, que mantém o relacionamento entre patrão e funcionário através da imposição, divide o trabalho e supervisão de forma rígida, centraliza o controle organizacional e soluciona conflitos por meio da opressão.



Sua principal função é converter as organizações que adotam sistemas mecanizados em sistemas orgânicos que enfatizam a união dos funcionários que se relacionam a confiança entre patrão e funcionário, responsabilidade compartilhada, participação de todos os grupos que compõem a organização, descentralização do controle organizacional e solução de conflitos através de soluções e negociações. Ele visa métodos para encarar ameaças e solucionar difíceis situações, compartilhar a administração da empresa com os funcionários através do relacionamento entre indivíduos com cargos de chefia e os demais, a responsabilidade das equipes em desempenhar suas funções e gerenciá-las, transformar gerentes e supervisores em orientadores e estimuladores, utilizar pesquisas internas para conhecer as dificuldades e necessidades enfrentadas pelos trabalhadores e por meio destas melhorar a organização.



Para Geraldo Leal de Moraes, desenvolvimento organizacional é um processo evolutivo e permanente e ele ocorre em um equilíbrio dinâmico que cada dia se manifesta de forma diferente. O processo de desenvolvimento das pessoas influi no processo de desenvolvimento da empresa, mas cada pessoa recebe também da empresa a influencia de sua cultura, missão, valores e procedimentos, estas influencias recíprocas estabelecem um equilíbrio dinâmico e vivo que geram um aculturamento permanente.



A cultura, hábitos e procedimentos das organizações, é uma manifestação viva, evolutiva e vivenciada pelas pessoas que leva à um amadurecimento ou a uma degeneração. Nossa experiência e vivencia nos permite afirmar que as empresas que obtiveram sucesso no seu desenvolvimento são aquelas que souberam “vender” sua missão, cultura, valores e procedimentos aos seus colaboradores e estes ao aceitarem e comprarem vivem esta empresa de forma consciente e profissional, encontrando assim a liberdade de manifestar seus talentos, aptidões e capacitações no processo de um novo equilíbrio de melhoria permanente e contínua da cultura da empresa. Nestas empresas as hierarquias são fluidas, os processos kaisens, as lideranças aceitas e há o empowerment.



Ao contrário as empresas que impõem sua maneira de ser criam resistências de seus possíveis colaboradores, pois estão desrespeitando seus valores, cultura e também forma própria de ser. Aqui há hierarquia do cargo, manda quem pode e obedece quem tem juízo, a figura do chefe que decide e não há a delegação de poderes. Se forma seguidores e não novos lideres.



Assim na mesma proporção ocorre o ajuste entre as empresas e o mercado. Quando a empresa conhece e aceita o mercado, entende suas expectativas, convive com seus clientes e tem consciência que o sucesso de seu cliente é seu sucesso, ela desenvolve novas soluções e coloca-se como parceira superando suas expectativas e ajudando na evolução dos mercados de seus clientes. Monitorar o processo de desenvolvimento organizacional para medir, controlar, gerenciar e melhorar exige uma capacitação dos novos lideres da empresa em conhecer a dinâmica viva de interação entre pessoas e empresa, empresas e mercado atuando no aqui e agora do equilíbrio mutante e com visão de futuro clara para administrar tendências.




Desenvolvimento Individual

Segundo Claudia Simone Antonello, o desenvolvimento individual pressupõe um crescimento cognitivo, pessoal, que é observado através dos comportamentos (implica "o falar", a forma de estar...).



Alguns temas comumente associados ao desenvolvimento pessoal são o autoconhecimento, a realização pessoal e profissional, o planejamento pessoal, a administração do tempo, a comunicação interpessoal, o relacionamento humano, o empreendedorismo, o poder mental, a liderança, a motivação, a produtividade, a educação financeira e o marketing pessoal.


Segundo o Instituto IBC, o ser do ser humano precisa estar pleno para que seu desenvolvimento possa ocorrer de forma eficaz.


Os sistemas de treinamento tradicionais estão migrando para um aspecto muito mais holístico que envolvem recursos de empreendedorismo, liderança gerativa, alfabetização ecológica, inteligência emocional e social. O desenvolvimento individual requer novos talentos que as “escolas” não ensinaram, ao contrário as prepararam para um modelo que está em extinção. Precisamos de pessoas auto-dirigidas ao invés das que só sabem seguir ordens, pessoas auto-motivadas ao invés das que só funcionam a base incentivos, pessoas que saibam trabalhar de forma colaborativa ao invés de competitivas, pessoas que tenham uma atitude de cidadania, responsabilidade social e ecológica ao invés de uma miopia na busca de resultados localizados.


Enfim estamos entrando num estágio 2.0 do desenvolvimento humano onde palavras como amor, busca interior, família, meio ambiente, tribos e tantas outras que eram, no mínimo, piegas no ambiente de trabalho estão conduzindo os negócios daqui para frente. As principais características ou regras dessa nova sócio-economia estão na profundidade e importância dos relacionamentos humanos, no poder da tecnologia de comunicação e informação, na possibilidade de pesquisar o que antes era invisível, no marketing da experiência e dos insights, na permanente e criativa possibilidade de aprendizagem e no domínio das novas formas de conexão com os clientes.


Desenvolvimento

Segundo o “Dicionário Priberam da Língua Portuguesa”, desenvolvimento é: 1. Ato ou efeito de desenvolver; 2. Aumento, progresso; 3. Ampliação; 4. Explanação; 5. Minuciosidade; 6. Incremento; 7. Propagação; 8. Desenho (de planta, perfil, etc.).

Segundo HighProcess, desenvolvimento é um processo dinâmico de melhoria, que implica uma mudança, uma evolução, crescimento e avanço, não se deve confundir com crescimento, o desenvolvimento refere-se apenas a aspectos qualitativos como por exemplo melhoria da qualidade de vida etc.

Podemos dizer que de forma geral Desenvolvimento diz respeito a fato de fazer crescer algo, da melhoria de um processo que ja estava acontece.

Quando nos referemos a Desenvolvimento econômico de um país, por exemplo, queremos trazer a ideia de evolução dos mecanismos existentes, da passagem de um processo antigo para um novo processo.

Desenvolver é acompanhar as inovações que acontecem a todo momento de forma dinâmica.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Para Refletir e Descontrair!

Charge muito inteligente criada pelo cartunistra dono do site http://www.charges.com.br/, Maurício Ricardo, em que mostra a relação entre patrões (sempre pensando o seu lado) e empregado.

http://charges.uol.com.br/2009/02/12/cotidiano-que-nem-o-dono

Reportagem da Folha de S. Paulo sobre autogestão

Reportagem muito interessante da Folha de S. Paulo no dia 18/10/10 sobre a mudança de planejamento das empresas, direcionando-se atualmente para o modelo de autogestão.
Segue abaixo o link.

http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=346195

Visualizações