quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desenvolvimento Humano




Segundo o Instituto Airton Senna, o conceito de desenvolvimento humano surgiu em 1990, quando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sugeriu substituir a visão tradicional de desenvolvimento, que o identifica ao crescimento da renda e da produtividade de um país, por um enfoque mais amplo e abrangente. Sob essa nova ótica, um país tem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) quando ele oferece as condições necessárias - econômicas, políticas, sociais, culturais e ambientais - para que todos os indivíduos desenvolvam suas potencialidades e tenham garantidos os direitos plenos da cidadania.




Segundo Maria Ceci Misocsky, a teoria do desenvolvimento humano combina antigas idéias da economia ecológica, desenvolvimento sustentável, economia do bem-estar e economia feminista. Ela evita a política abertamente normativa da assim chamada "economia verde" justificando suas teses estritamente na ecologia, economia e sólida ciência social, e trabalhando dentro de um contexto de globalização.




Da mesma forma que a economia ecológica, ela se concentra na medição do bem-estar e na detecção do decrescimento sustentável que ocorre às custas da saúde humana. Todavia, vai mais além ao buscar não somente medir, mas otimizar o bem-estar através de alguma modelagem explícita em como o capital social e o capital educativo podem ser desenvolvidos para incrementar o montante total do capital humano numa economia – a qual é ela mesma, parte de uma ecologia. O papel do capital individual dentro dentro dessa ecologia e a adaptação do indivíduo para viver bem dentro dela é o foco principal dessas teorias.




O mais notável proponente da teoria do desenvolvimento humano é Amartya Sen, que perguntou em Development as Freedom, "qual é a relação entre nossa riqueza e nossa capacidade de viver como gostaríamos?" Esta questão não pode ser respondida estritamente a partir do ponto de vista da economia energética, economia feminista, economia familiar, saúde ambiental, paz, justiça social ou bem-estar ecológico, embora todos esses possam ser fatores da nossa felicidade; se as margens de manobra de qualquer um deles for seriamente rompida, a felicidade poderá se tornar algo realmente impossível.


A teoria do desenvolvimento humano é uma grande síntese que não está confinada pelos limites da economia convencional ou da ciência política, nem mesmo da economia política, que associa as duas.

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