sábado, 13 de novembro de 2010

Economia Solidária: o dilema da institucionalização - parte 3

CAP. 2: O COOPERATIVISMO E A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO MUNDO.

  • Os processos/tentativas de institucionalização da prática cooperativista promovem a possibilidade da expansão dos modelos de empreendimentos solidários autogestionários? (ALCÂNTARA, 2005, p. 63).
  • Os modelos de cooperação no mundo: um breve relato.
  • Cooperativismo: Surgiu durante a Revolução Industrial. “Em muitos casos, as primeiras cooperativas nasceram também enquanto mecanismos de pressão e força utilizados pelos trabalhadores nas negociações com os donos dos meios de produção” (Alcântara, 2005, p. 64).
  • A primeira cooperativa de que se tem registro foi criada em 1760 por trabalhadores de Woolwich e Chathan, com o intuito de criar seus próprios moinhos. (SINGER, 1998, SINGER, 2002, ALCÂNTARA, 2001, apud ALCÂNTARA, 2005)
  • A primeira grande cooperativa de consumo foi a Society of Equitable Pioneer, criada em 1844 na Inglaterra.
  • Junto com as cooperativas de consumo surgiram as de crédito.
  • Os responsáveis pela disseminação das idéias cooperativistas foram os socialistas utópicos (Robert Owen, Charles Fourier, Saint-Simon e outros).
  • Robert Owen tentou desenvolver uma comunidade cooperativista na Inglaterra e nos EUA (New Lanark) infelizmente não obteve resultados.Cooperativismo: alternativo ao modo de produção vigente; para Sousa Santos traz uma noção de desenvolvimento alternativo.
  • Socialismo + Capitalismo + Rearticulação = Cooperativismo
  • Stuart Mill: As cooperativas de consumo e de produção resolveriam dois problemas: seria possível fornecer aos pobres produtos de qualidade e eles se tornariam responsáveis pelo processo produtivo.
  • Sociologia das ausências. Boaventura Sousa Santos e Fernanda Alcântara, a sociologia das ausências procura mostrar o que está ausente, não por não existir, mas por ter sido criado para estar ausente.
  • Para Sousa Santos (2003) é preciso renovar o conceito de racionalidade
  • Economia Solidária (ES) e Economia Popular Solidária (EPS): Vazio conceitual
  • Paul Singer: busca definições para o que seja Economia Solidária, ele é professor e presidente da SENAES.
  • OCB – organização de Cooperativas do Brasil
  • Lucro versus sobras, em cooperativas não se usa o termo lucro que foi substituído por sobras, como modo de fugir dos conceitos capitalistas.
  • Emprego versus renda, os trabalhadores das cooperativas recebem renda já que não possui laços empregatícios com a instituição, pois eles mesmos são donos.
  • As associações não podem comercializar existem apenas com o intuito de lutar pelo direito e interesses de seus membros.
  • Para Alcântara (2001 apud Alcântara, 2005) a Economia Solidária pode ser conceituada como sendo todos os empreendimentos que possuam como características comuns a solidarização de capital e a autogestão.
  • Clube de trocas: LETS, Horas de Ìtaca.
  • Enfoques: socialismo, liberalismo e socialismo de mercado.
  • Cooperativas: solidarização do capital e autogestão
  • Uma das dificuldades diz respeito à falta de hábito de se trabalhar em grupo e também por estar acostumado a sempre receber ordem; na cooperativa o trabalhador precisa aprender a trabalhar de uma outra forma. (cultura organizacional de competitiva e de submissão).
  • Reencaixe econômico e social: Geração de renda e acesso a produtos de boa qualidade por um preço justo.
  • Reencaixe identitário: as cooperativas servem como forma de reconhecimento social de determinadas profissões que sofrem preconceitos, tal como catador de material reciclável. (RODRÍGUES, 2002 APUD ALCÂNTARA, 2005).
  • Cooperativas comuns: solidarização do capital e institucionalização, não possui autogestão.
  • Cooperativas populares: solidarização do capital e autogestão, não possui institucionalização.

  • Identidade, confiança e solidariedade em cooperativas.
  • Cooperativas: Modo de produção alternativa; chance de mudar de vida; sair da miséria (populares); gerar renda...
  • Castells (2000): 3 princípios de identidade.
  • 1. Identidade legitimadora: a identidade é composta por ou representa as instituições dominantes.
  • 2. Identidade de resistência: as identidades são implantadas de acordo com uma postura de resistência de um grupo que possui posição desvalorizada na sociedade.
  • Identidade de projeto: a identidade é construída pelos indivíduos interessados em redefinir sua posição na sociedade.

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